Sistemática e Classificação Biológica

Sistemática e Classificação Biológica



A busca por formas de classificação não é uma novidade no meio científico, desde muito tempo, cientistas buscam formas para classificar os seres vivos. As primeiras tentativas datam o século V a.C, devido a falta de recursos como as  tecnologias atualmente utilizadas(como os microscópios), os animais eram classificados de acordo com o conhecimento da época, eram classificados em “com sangue vermelho” e “sem sangue vermelho”.
Taxonomia:
Devido á necessidade de classificação criou-se a taxonomia (do grego táxis, disposição, arranjo, e nómos, regra, lei) é o ramo da Biologia que determina as regras de classificação dos seres vivos. Essas regras – que servem para todos os seres vivos – baseiam-se em critérios arbitrários estabelecidos por cada grupo de pesquisadores.  Á medida que novas descobertas são feitas, a classificação biológica dos organismos sofrem alteração, simultaneamente.     .

Taxonomia de Lineu (1753)




Carl Von Linné (latinizado Carolus Linneaus, 1707-1778) — botânico, zoólogo, médico e naturalista sueco — foi um dos estudiosos que dedicou seus trabalhos a estudar, classificar e nomear espécies vegetais e animais. Para ele, a natureza está dividida em três reinos: vegetal, animal e mineral. Foi ele também que dividiu cada reino em classes, cada classe em ordens, cada ordem em gêneros e cada gênero em espécies.


As categorias taxonômicas atuais seguem muitos conceitos propostos por Lineu. Esses níveis são (do mais abrangente para o mais específico):  REINOFILOCLASSEORDEMFAMÍLIAGÊNERO e ESPÉCIE.

Lineu também foi o criador da nomenclatura binominal e classificação científica, sendo assim considerado “pai da taxonomia moderna”. Esse sistema de classificação é usado até hoje, com algumas modificações.




Mas afinal, o que é espécie?                              

É uma categoria taxonômica. Entende-se por espécie um agrupamento de seres vivos que conseguem se reproduzir entre si, dando origem a descendentes viáveis, os quais podem se reproduzir também. Mas há também outras características que podem nos dizer se os indivíduos são da mesma espécie: semelhança morfológica (de forma), viver num mesmo localformar populaçãocruzar entre si. Contudo, ainda não podemos considerar esse conceito uma total e imutável verdade, pois ele ainda está sendo discutido. Duas espécies diferentes podem cruzar-se, mas a sua descendência não é fértil, originando indivíduos híbridos.
Curiosidades!A mula é fruto do cruzamento de uma égua (
espécie Equus caballos) com o jumento (da espécie Equus asinus), porém não é considerada uma espécie, pois é um ser que não possui a capacidade de reprodução, ou seja, é infértil. As mulas são chamadas híbridas.

Nomenclatura Binominal por Carlos Lineu (1707-1778)

               
Em 1753 Lineu apresentou em livro chamado Systema Naturae, onde propôs uma forma de classificação dos seres vivos, bem como regras para nomenclatura biológica. Observe abaixo algumas das regras utilizadas para a escrita dos nomes das espécies: 




- Quando citar o autor, este deve vir logo após o nome da espécie, escrito com letras normais e sem nenhuma pontuação entre a espécie e ele.
- Quando citar o ano da primeira publicação, este deverá vir separado do autor por vírgula.



Sistemática: é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações filogenéticas entre os organismos.

Sistemática Filogenética: Proposta em 1966 pelo alemão Will Hennig (1913-1976) classificava os organismos expressando as relações do parentesco evolutivo entre as espécies e enfatizava as relações evolutivas em vez de agrupar os seres vivos por semelhança (como fazia a sistemática clássica). Segundo a sistemática filogenética, a variedade dos organismos é resultado de dois processos:

v  CLADOGÊNESEconjunto de processos que tem como resultado a origem de duas novas espécies.

v ANAGÊNESE: conjunto de processos que resulta em diferenciações graduais e sucessivas em uma espécie, podendo resultar no surgimento de uma nova espécie.

Especiação: diz respeito ao processo evolutivo que envolve o surgimento de novas espécies. É a formação de uma nova espécie por meio de uma parte da espécie que se diferencia por meio das variações genéticas e ganha características próprias. Abaixo temos duas causas mais comum de especiação.


  1. Isolamento geográfico: ocorre quando surge uma barreira geográfica que impede ou dificulta muito a reprodução dos indivíduos dos grupos separados.
  2. Redução do fluxo genético: ocorre quando não há nenhuma barreira geográfica, mas por outros motivos não ocorre cruzamento entre os grupos diferentes, como, por exemplo, quando uma espécie de grama se estende por um vasto território, fazendo com que os indivíduos das extremidades tenham poucas chances de cruzamentos. Com o passar do tempo, pode ocorrer diversificação genética em cada um dos grupos.


Cladrogramas

Cladrograma ou árvore filogenética é uma representação gráfica que tem como objetivo expor as relações de parentesco evolutivo entre as espécies. Na base do cladograma, encontramos a raiz, e ela representa o ancestral comum dos táxons em estudo. Seguindo o caminho do cladograma, encontramos alguns pontos que representam as novidades evolutivas ou apomorfias de cada grupo. As  apomorfias são características que diferem a espécie anterior das posteriores, justamente porque as espécies que apareceram após o surgimento da apomorfia possuirão características que não estavam presentes na espécie ancestral. Então, percebemos que a nossa linha evolutiva se bifurca, dando origem a dois caminhos distintos. Ao final, teremos todos os táxons atuais dispostos na extremidade da árvore, e cada qual com sua trajetória evolutiva expressa no cladograma.






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